Livro: "ALUGO MEU CORPO"

Acabo de ler este livro. Sim meus caros, é sobre prostituição. Mais espeicificamente sobre uma prostituta: Paula Lee - nome fictício, como dizem no meio "de guerra" da autora. Nome da personagem protagonista e prostituta interpretada por Malu Mader tirado da séria "Labirinto" da Rede Globo. Nome de uma mulher que hoje se intitula "amante profissional", que hoje  opta por se manter nesta profissão e nem por isto deixa de merecer o meu respeito.

Faço "minhas" as palavras desta descrissão tirada do link http://pt.shvoong.com/books/1656938-alugo-meu-corpo: 

"Alugo o meu corpo é a história de uma prostituta virgem, ou melhor, uma mulher em processo de mutação até se transformar numa prostituta.


Após uma experiência como operadora de linhas eróticas no Rio de Janeiro e um trabalho numa multinacional, Paula Lee é convidada por uma amiga para que viesse para Portugal, onde trabalharia num bordel por um período de três meses.


A autora descreve todo um universo psicológico, os espelhos, a consciência, o corpo e a alma presentes nesse novo cenário. Vai caminhando com o leitor, desde a chegada, mostrando o ambiente, os desafios, os medos, expectativas e prazeres.


A história começa nas linhas eróticas, descrevendo o ambiente, as companheiras de trabalho, as conversas ao telefone, e como conseguiu ali o emprego. A vida no Rio de Janeiro, entre o ar aberto da praia, o céu azul e a areia nos pés, ou então fechada nas bibliotecas ou no escritório onde funcionavam as linhas eróticas, vai arrumando as malas para outras descrições e outras direcções: voa para Portugal e chegamos no primeiro bordel onde a autora trabalharia.


O ambiente mostrado pela autora não é sinónimo de vida fácil ou glamour. Em dada altura a autora toma a consciência de que, enquanto não obtivesse maior experiência, deveria se conformar em se submeter a situações menos graciosas. Muito menos o livro se concentra apenas num trabalho autobiográfico, porque, ao invés de mostrar apenas aquilo que ela vive, nos coloca dentro de um bordel, verificando todo um novo quotidiano, e inclusive mostrando toda uma mutação em cada experiência vivida.
Ao contrário do seu blogue Amante Profissional, que ano passado chamou a atenção da comunicação social num nível nacional e internacional, fazendo da autora capa de duas revistas e temas de artigos dos principais jornais num nível nacional e internacional (Correio da Manhã, Público, Expresso, O Estadão, The Guardian, etc.), Paula Lee traz-nos um universo ainda não explorado no seu blog: uma história inédita abordando o mundo e o submundo do sexo, incluindo o sexo pago. Numa abordagem humana, Paula Lee explora os muros e as pontes que podem existir entre as pessoas, os interesses claros e os ocultos, a prostituição desde a época em que esta era uma actividade sagrada, o proxenetismo, a exploração, as cartas escondidas e o direito da mulher pela posse do seu próprio corpo."

O livro tem gosto de "quero mais", te enche de perguntas, te absorve. Ele não têm melodramas baratos nem o glamour de cabarés de filmes hollywoodianos, ele é apenas o relato de uma mulher (muito culta por sinal) que resolveu contar o início de tudo com relatos dos fatos e das marcas em sua alma.

#RECOMENDO#

Paula Lee tem vários blogs, facebook e twitter, para quem se interessar em ler como é sua vida hoje e ter maior contato com ela aí vão os links principais:

http://paulalee.no.sapo.pt

http://www.facebook.com/profile.php?id=100001913722905&ref=ts

http://twitter.com/acompanhante

Recado aos seguidores e amigos critãos:

NÃO AO PRECONCEITO!

Lembrem-se: "Não julgueis para não seres julgados" é bíblico e é clichê porque é verdade!

Lembrem-se que todos somos pó e pecado diante do Pai!

Tenho tantas perguntas... adicionei-a ao facebook (e ela me aceitou olha que interessante, rs) e a sigo no twitter e recebi a boa surpresa de ser seguida por ela também. Admiro sua sinceridade, me idenfico com esta característica de sua personalidade. Ao contrário dela eu jamais conseguiria viver uma vida dupla, jamais conseguiria viver numa solidão inerente como a dela e jamais conseguiria "alugar meu corpo" há de se ter muita coragem, ainda mais tendo ido fazer isto pela primeira vez em Portugal, com a cara e a coragem e sem um tostão no bolso confiando num contato desconhecido. Eu sou muito trasparente, muito expansiva. Ela é reservada e discreta.

Paula Lee teve muita sorte de não ter se tornado escrava sexual. No próprio livro ela cita o caso de um bordel que mantém as moças presas sem direito a nada em condições sub-humanas. Mesmo com todas as dificuldades, Paula sempre teve uma postura íntegra, reta e honesta principalmente com ela mesma.

Paula Lee, eu te admiro!

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